segunda-feira, 16 de abril de 2012

ALEXANDRE DUMAS





O escritor francês consagrado como Alexandre Dumas nasceu no dia 24 de julho de 1802, em Villers-Cotterêts, no território de Aisne, com o nome de Dumas Davy de la Pailleterie. Ele era neto do marquês Antoine-Alexandre Davy de la Pailleterie e de uma negra, não se sabe bem se escrava ou já liberta, e filho do famoso General Alexandre Davy de la Pailleterie Dumas, membro das forças napoleônicas.
Ele se tornou conhecido por seus livros do gênero capa-e-espada, estilo nascido em solo espanhol no século XVII, inspirado nos romances utópicos e nas desilusões amorosas. Órfão de pai, ele segue para Paris, cidade na qual passa a criar peças teatrais e a publicar artigos em veículos da mídia. Com Henrique III e Sua Corte, apresentada pela Comédie Française, em 1829, ele atinge grande êxito junto ao público. Um ano depois ele leva aos palcos sua segunda obra dramatúrgica, Christine, também um sucesso. Seguindo por esse caminho o autor obtém liberdade financeira suficiente para se dedicar integralmente à literatura.
Alexandre continua a produzir peças teatrais – Napoleão Bonaparte e Antony, ambas lançadas em 1831. Mesmo assim ele encontra tempo para atuar politicamente, participando em 1830 de um levante que depôs o soberano Carlos X de França e levou ao poder o ex-chefe do escritor, o Duque d’Orléans, que reinaria com o título de Luís Filipe de França, conhecido com Rei Cidadão.
Á medida que a situação política francesa vai se acalmando, com a erradicação da censura, e a crescente industrialização do país impulsionando o desenvolvimento econômico, a carreira literária de Alexandre é largamente gratificada. Ele passa a se devotar à publicação de romances e encontra na imprensa um caminho alternativo para cobrir seus gastos excessivos e sua vida excêntrica. Como nesta época, em 1838, tornava-se um hábito a mídia lançar novelas escritas em série, Alexandre converte uma de suas criações para o teatro em sua primeira série, batizada de O Capitão Paulo.
O escritor começa a publicar incessantemente estes romances, assessorado por vários auxiliares, particularmente por August Maquet, criando para esse fim um estúdio que produziu inúmeras narrativas, sempre supervisionadas por ele. 1844 é um marco em sua carreira literária, pois neste ano ele lança o romance Os Três Mosqueteiros, que o torna famoso, e O Conde de Montecristo, que também se torna célebre. O primeiro mescla doses de fantasia amorosa, proezas guerreiras e muito humor. O segundo tem um cunho mais histórico e político.
Ele contrai matrimônio com a atriz Ida Ferrier, em 1840, mas mantém várias relações extraconjugais, através das quais se torna pai de três filhos com outras mulheres. Um deles, batizado com seu nome, também se tornaria escritor, autor de A Dama das Camélias. Autor de pelo menos 177 livros, Alexandre vê sua sorte se reverter quando o rei é deposto, substituído por Napoleão III, que não simpatiza com ele. Não lhe resta alternativa senão deixar a França e seguir, em 1851, para Bruxelas, fugindo para não ter que pagar suas dívidas. Desta cidade ele parte para a Rússia, onde seus romances tornam-se grande sucesso.
Alexandre permanece dois anos neste país antes de iniciar outras jornadas em busca de inspiração para suas obras. Participa, na Itália, do processo de unificação, depois volta para Paris em 1864.
Alexandre Dumas morreu no dia 05 de dezembro de 1870, na cidade de Puys. Ele foi enterrado no mesmo lugar em que nasceu, no cemitério de Villers-Cotterêts. Em 2002 ele foi reconhecido postumamente pelo governo francês, sob o governo de Jacques Chirac. Seu corpo foi retirado do sepulcro, exumado e homenageado em uma cerimônia transmitida pela TV, conduzido por um cortejo até o Panteão de Paris.





Não poderá a velhice chegar tão depressa que não tenhamos de fazer meio caminho para ir ao seu encontro ? De resto, o que é que nos faz velhos ? Não é a idade, são as doenças.


As feridas morais têm sempre essa particularidade: ocultam-se, mas não se fecham nunca; sempre dolorosas, sempre prontas a sangrar quando se lhes toque, conservam-se, porém, no coração, vivas e abertas. [...] Os homens verdadeiramente generosos mostram-se sempre indulgentes quando a desgraça do inimigo ultrapassa os limites de sua aversão.


Há favores tão grandes que só podem ser pagos com a ingratidão.



O fardo do casamento é tão pesado que precisa de dois para carregá-lo - às vezes, três.




Todas as mulheres querem ser estimadas e dão bastante menos importância ao fato de serem ou não respeitadas.




Os maridos das mulheres que nós admiramos parecem-nos sempre estúpidos.




Os negócios são o dinheiro dos outros.




Nos negócios não existem amigos, apenas clientes.




O mais feliz dos felizes é aquele que faz os outros felizes.




Por vezes é penoso cumprir o dever, mas nunca é tão penoso como não cumpri-lo.




A mulher pensa em nada ou em algo muito semelhante.


(...) não há felicidade nem desgraça nesse mundo, há a comparação de um com outro estado; e nisso se resume tudo. 
Só aquele que sofreu o infortúnio extremo compreende o gozo da extrema felicidade. 
É preciso ter-se querido morrer para se saber exatamente como é bom viver. 
Vivam, pois, e sejam felizes; e não se esqueçam nunca de que, até que o dia em que Deus se dignar desvelar o futuro do homem, toda a sabedoria humana se concentrará nestas duas palavras: aguardar e confiar!



A cadeia do casamento é tão pesada, que são precisos dois para carregar com ela.




Suprimir a distância é aumentar a duração do tempo. A partir de agora, não viveremos mais; viveremos apenas mais depressa.




O solteirão aborrece-se em todo o lado. O casado somente em casa.




Em amor, não há último adeus, senão aquele que se não diz.




São as mulheres que nos inspiram para as grandes coisas que elas próprias nos impedem de realizar.




Uma mãe perdoa sempre: veio ao mundo para isso.




Prefiro os canalhas aos imbecis. Os canalhas, pelo menos, descansam de vez em quando.




Só os que padecem um extremo infortúnio estão aptos a usufruir uma extrema felicidade. É preciso ter querido morrer para saber o que vale a vida. 






Para o homem feliz, a oração é uma reunião monótona de palavras sem sentido, até o dia em que a dor venha explicar ao desgraçado essa linguagem sublime por intermédio da qual o homem fala com Deus.



- Efetivamente, disseram-me - tornou o conde - que os senhores repetiam sinais que nem sequer compreendiam. 
- Decerto, senhor; e eu antes quero isso - disse a rir o homem do telégrafo. 
- Por que é que antes quer isso? 
- Porque desse modo não tenho responsabilidade. Sou uma máquina, nada mais, e, contanto que funcione, não me pedem outra coisa.


Nunca discuta, você não convencerá ninguém. As opiniões são como pregos: quanto mais são martelados, mais se enterram.


Toda generalização é perigosa. Inclusive esta.


Como é que as crianças pequenas são tão espertas e os homens tão estúpido? Deve ser a educação que faz isso.


Quem lê sabe muito, mas quem observa sabe mais.


A esperança é o melhor remédio que eu conheço.






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