Francis Bacon nasceu em Londres, em 22 de janeiro de 1561, e morreu na mesma cidade em 9 de abril de 1626. Sua educação orientou-se para a vida política, na qual alcançou posições elevadas. Filho de Nicholas Bacon e Ann Cooke Bacon, a mãe de Francis Bacon falava cinco idiomas e foi considerada como uma das mulheres mais eruditas de sua época.
Eleito em 1584 para a Casa dos Comuns, sucessivamente desempenhou, durante o reinado de Jaime 1º, as funções de procurador-geral, fiscal-geral, guarda do selo e grande chanceler. Em 1618 foi nomeado barão de Verulam e, em 1621, visconde de St. Albans. Acusado de corrupção pela Casa dos Comuns, foi condenado ao pagamento de pesada multa e proibido de exercer cargos públicos.
A obra de Bacon representa tentativa de realizar o vasto plano de "Instauratio magna" ("Grande restauração"). De acordo com o prefácio do "Novum organum" ("Novo método"), publicado em 1620, a "Grande restauração" deveria desenvolver-se através de seis partes: "Classificação das ciências", "Novo método ou Manifestações sobre a interpretação da natureza", "Fenômenos do universo ou História natural e experimental para a fundamentação da filosofia", "Escala do entendimento ou O fio do labirinto", "Introdução ou Antecipações à filosofia segunda" e "Filosofia segunda ou Ciência nova".
A realização desse plano compreendia uma série de tratados que, partindo do estado em que se encontrava a ciência da época, estudavam o novo método que deveria substituir o de Aristóteles, descreviam o modo de se investigarem os fatos, passavam ao plano da investigação das leis e voltavam ao mundo dos fatos, para nele promoverem as ações que se revelassem possíveis.
Obviamente, a impossibilidade de realizar obra de tamanho vulto foi logo percebida por Bacon, que produziu apenas certo número de tratados. Não obstante, a primeira parte da "Grande restauração" chegou a completar-se e se encontra nos "Nove livros sobre a dignificação e progressos da ciência". O "Novo método ou Manifestações sobre a interpretação da natureza" apareceu em 1620.
Eleito em 1584 para a Casa dos Comuns, sucessivamente desempenhou, durante o reinado de Jaime 1º, as funções de procurador-geral, fiscal-geral, guarda do selo e grande chanceler. Em 1618 foi nomeado barão de Verulam e, em 1621, visconde de St. Albans. Acusado de corrupção pela Casa dos Comuns, foi condenado ao pagamento de pesada multa e proibido de exercer cargos públicos.
A obra de Bacon representa tentativa de realizar o vasto plano de "Instauratio magna" ("Grande restauração"). De acordo com o prefácio do "Novum organum" ("Novo método"), publicado em 1620, a "Grande restauração" deveria desenvolver-se através de seis partes: "Classificação das ciências", "Novo método ou Manifestações sobre a interpretação da natureza", "Fenômenos do universo ou História natural e experimental para a fundamentação da filosofia", "Escala do entendimento ou O fio do labirinto", "Introdução ou Antecipações à filosofia segunda" e "Filosofia segunda ou Ciência nova".
A realização desse plano compreendia uma série de tratados que, partindo do estado em que se encontrava a ciência da época, estudavam o novo método que deveria substituir o de Aristóteles, descreviam o modo de se investigarem os fatos, passavam ao plano da investigação das leis e voltavam ao mundo dos fatos, para nele promoverem as ações que se revelassem possíveis.
Obviamente, a impossibilidade de realizar obra de tamanho vulto foi logo percebida por Bacon, que produziu apenas certo número de tratados. Não obstante, a primeira parte da "Grande restauração" chegou a completar-se e se encontra nos "Nove livros sobre a dignificação e progressos da ciência". O "Novo método ou Manifestações sobre a interpretação da natureza" apareceu em 1620.
Esboço racional de metodologia científica
Preliminarmente, Bacon propõe a classificação das ciências em três grupos: 1º) a poesia ou ciência da imaginação; 2º) a história ou ciência da memória; 3º) a filosofia ou ciência da razão. A história ele a subdivide em história natural e história civil. Na filosofia, distingue entre a filosofia da natureza e a antropologia.
No que se refere ao "Novum organum", Bacon se preocupou inicialmente com a análise dos fatores (ídolos) que se revelam responsáveis pelos erros cometidos no domínio da ciência. Classificou-os em quatro grupos: 1º) os ídolos da raça; 2º) os ídolos da caverna; 3º) os ídolos da vida pública; 4º) os ídolos da autoridade. Os primeiros correm por conta das deficiências do próprio espírito humano e se revelam pela facilidade com que generalizamos com base nos casos favoráveis, omitindo os desfavoráveis. Os "ídolos da caverna" resultam da própria educação e da pressão dos costumes. Os "ídolos da vida pública" vinculam-se à linguagem e decorrem do mau uso que dela fazemos. Finalmente, os "ídolos da autoridade" decorrem da irrestrita subordinação à autoridade; por exemplo, a de Aristóteles.
O "Novum organum" é a expressão de uma perspectiva que tanto se afasta do empirismo radical quanto do racionalismo exagerado - ambos duramente criticados por Bacon.
Em função da nova metodologia, e como meio de realizar a busca das formas que se poderão revelar como regularidades no domínio dos fatos, Bacon recomenda o uso de três tábuas que disciplinarão o método indutivo: a tábua de presença, a tábua de ausência ou de declinação e a tábua de comparação. A primeira registra a presença das formas que se investigam; a segunda possibilita o controle de situações nas quais as formas pesquisadas se revelam ausentes; finalmente, na última tábua registram-se as variações que as referidas formas manifestam.
Embora Bacon não tenha realizado nenhum progresso nas ciências naturais, ele foi o autor do primeiro esboço racional de uma metodologia científica. E sua teoria dos "ídolos" antecipa, em germe, a moderna sociologia do conhecimento.
Bacon também foi notável escritor: seus "Ensaios" são os primeiros modelos de prosa inglesa moderna.
No que se refere ao "Novum organum", Bacon se preocupou inicialmente com a análise dos fatores (ídolos) que se revelam responsáveis pelos erros cometidos no domínio da ciência. Classificou-os em quatro grupos: 1º) os ídolos da raça; 2º) os ídolos da caverna; 3º) os ídolos da vida pública; 4º) os ídolos da autoridade. Os primeiros correm por conta das deficiências do próprio espírito humano e se revelam pela facilidade com que generalizamos com base nos casos favoráveis, omitindo os desfavoráveis. Os "ídolos da caverna" resultam da própria educação e da pressão dos costumes. Os "ídolos da vida pública" vinculam-se à linguagem e decorrem do mau uso que dela fazemos. Finalmente, os "ídolos da autoridade" decorrem da irrestrita subordinação à autoridade; por exemplo, a de Aristóteles.
O "Novum organum" é a expressão de uma perspectiva que tanto se afasta do empirismo radical quanto do racionalismo exagerado - ambos duramente criticados por Bacon.
Em função da nova metodologia, e como meio de realizar a busca das formas que se poderão revelar como regularidades no domínio dos fatos, Bacon recomenda o uso de três tábuas que disciplinarão o método indutivo: a tábua de presença, a tábua de ausência ou de declinação e a tábua de comparação. A primeira registra a presença das formas que se investigam; a segunda possibilita o controle de situações nas quais as formas pesquisadas se revelam ausentes; finalmente, na última tábua registram-se as variações que as referidas formas manifestam.
Embora Bacon não tenha realizado nenhum progresso nas ciências naturais, ele foi o autor do primeiro esboço racional de uma metodologia científica. E sua teoria dos "ídolos" antecipa, em germe, a moderna sociologia do conhecimento.
Bacon também foi notável escritor: seus "Ensaios" são os primeiros modelos de prosa inglesa moderna.
A verdade é filha do tempo, não da autoridade.
A consciência é a estrutura das virtudes.
A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas.
Evitar superstições é outra superstição.
O falar incessantemente por hipérboles só se adapta bem ao amor.
O homem deve criar as oportunidades e não somente encontrá-las.
Todas as cores concordam no escuro.
É um estranho desejo, desejar o poder e perder a liberdade
A esperança é um bom almoço mas um mau jantar.
Aquele que não consegue perdoar aos outros, destrói a ponte por onde irá passar.
O dinheiro é um bom criado, mas um mau senhor.
Escolher o seu tempo é ganhar tempo.
Alguns desprezam a riqueza porque desprezam a ideia de enriquecer.
Um pouco de filosofia leva a mente humana ao ateísmo, mas a profundidade da filosofia leva-a para a religião.
A sabedoria dos crocodilos consiste em verter lágrimas quando querem devorar.
O dinheiro é como o adubo, não é bom se não for distribuído.
Aquele que tem mulher e filhos entregou reféns ao destino; é que eles são um obstáculo aos grandes empreendimentos, quer sejam virtuosos ou mal formados.
O silêncio é a virtude dos loucos.
Todo o acesso a uma alta função se serve de uma escada tortuosa..
O tempo é o maior inovador.
A prosperidade não está isenta de muitos temores e desprazeres, e a adversidade não está desprovida de conforto e esperança.
A glória assemelha-se ao mercado: por vezes, quando nos demoramos, os preços baixam.
Não há nada que faça um homem suspeitar tanto como o fato de saber pouco.
A leitura traz ao homem plenitude, o discurso segurança e a escrita exactidão.
A discrição é para a alma o que o pudor é para o corpo.
Gostaria de viver para estudar e não de estudar para viver.
São todos maus descobridores, os que pensam que não há terra quando conseguem ver apenas o mar.
O homem cortês está certo de que o seu coração não será jamais uma ilha solitária.
Todo o homem se descobre sete anos mais velho na manhã seguinte ao casamento.
Uma pergunta prudente é metade da sabedoria.
Os jovens estão mais aptos a inventar que a julgar; mais aptos a executar que a aconselhar; mais aptos a tomar a iniciativa que a gerir.
O costume é o principal moderador dos atos humanos. Esforcemo-nos por adquirir e conservar bons costumes.
O futuro do homem está oculto no seu saber.
Não se aprende bem a não ser pela experiência.
Não há comparação entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar.
Não há beleza perfeita que não contenha algo de estranho nas suas proporções.
A vingança é uma espécie de justiça selvagem.
Um quadro não pode exprimir a maior parte da beleza.
A baixeza mais vergonhosa é a adulação.
Nada provoca mais danos num Estado do que homens astutos a quererem passar por sábios.
A riqueza é para ser gasta.
Em geral, na natureza humana existe mais tolice do que sabedoria.
Há livros de que apenas é preciso provar, outros que têm de se devorar, outros, enfim, mas são poucos, que se tornam indispensáveis, por assim dizer, mastigar e digerir.
O modo mais seguro de prevenir as revoltas... é eliminar a sua matéria.
Aquele que dá bons conselhos, constrói com uma mão; aquele que dá bons conselhos e exemplo, constrói com ambas; o que dá boa admoestação e mau exemplo constrói com uma mão e destrói com a outra.
Sempre se admitiu que a poesia participava do divino porque eleva e arma o espírito submetendo a aparência das coisas aos desejos da alma, enquanto a razão constrange e submete o espírito à natureza das coisas.
As obras e fundações mais nobres nasceram de homens sem filhos.
Não busqueis riquezas com arrogância, mas apenas as que possais obter justamente, não moderadamente, distribuei alegremente, e partai satisfeitos.
As esposas são amantes dos homens mais jovens, companheiras para a meia-idade e amas para os velhos.
Um homem de bom senso saberá criar melhores oportunidades do que aquelas que se lhe deparam.
Há pouca amizade no mundo, sobretudo entre pessoas da mesma classe.
Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto.
Quem se comporta gentil e cortesmente com o estrangeiro é um cidadão do mundo
Não há equívoco maior do que confundir homens inteligentes com sábios
A prosperidade prontamente descobre o vício; mas a adversidade logo descobre a virtude.
A leitura torna o homem completo; a conversação torna-o ágil; e o escrever dá-lhe precisão.
"A pior solidão é não ter amizades verdadeiras."
Os homens temem a morte, como as crianças temem a escuridão.
As condutas, assim como as doenças, são contagiosas
"Triste não é mudar de idéia. Triste é não ter idéias para mudar".
Uma coisa é certa: o homem que que planeja a vingança procura manter suas chagas abertas, caso contrario elas podem sarar e ele, desistir
Mas os homens devem saber que só Deus e os anjos podem ser espectadores do teatro da vida humana.
A vingança nos torna igual ao inimigo;
O perdão nos torna superiores a ele.
O perdão nos torna superiores a ele.
O conhecimento é em si um poder.
Se um homem começar com certezas, ele deverá terminar em dúvidas; mas se ele se satisfizer em começar com dúvidas, ele deverá terminar em certezas
"Se um homem é gentil com desconhecidos, isto mostra que ele é um cidadão do mundo, e que seu coração não é uma ilha que foi arrancada de outras terras, mas um continente que se une a eles."
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