quarta-feira, 21 de março de 2012

JOANA D'ARC



Joana D'Arc (1412-1431) foi uma heroína francesa da Guerra dos
Cem Anos, entre a França e a Inglaterra. Foi beatificada em 1920 e hoje é a Santa Padroeira da França. Joana acreditou na voz e na ordem que ouvia e lhe encorajava expulsar os ingleses da França e coroar o legítimo rei Carlos VII. Com dezesseis anos viajou para Chinon. Chegando ao castelo foi interrogada por bispos e cardeais e ganhou a confiança de Carlos VII. Recebeu o título de chefe de guerra e liderando a tropa, durante três dias, com violentas investidas expulsou os ingleses na cidade de Orléans. Na Batalha de Compiègne perto de Paris, adversários franceses de Carlos VII conseguiram prender e entregar Joana aos ingleses. Julgada e condenada foi queimada em praça pública no dia 30 de maio, acusada de herege e feiticeira, por um tribunal eclesiástico.
Joana D'Arc (1412-1431) nasceu no dia 6 de janeiro no vilarejo de Domrémy na França. Camponesa, filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée, teve quatro irmãos. Foi uma heroína francesa da Guerra dos Cem anos (1429-1450), entre a França e a Inglaterra. Foi beatificada em 1920 e hoje é a Santa Padroeira da França. Joana foi criada seguindo os princípios da fé católica e com 12 anos de idade, afirmava que o o arcanjo São Miguel, Santa Catarina e Santa Margarida, apareceram numa grande luz e a ordenou procurar o príncipe Carlos VII e libertar a cidade de Orléans.
Com dezessete anos viajou dez dias e dez noites e chegou ao Castelo na cidade de Chinon. Interrogada por bispos e cardeais acaba por convencer a todos. Joana ganha confiança de Carlos VII, que depressa entrega-lhe o título de chefe de guerra. Logo parte liderando a tropa e durante três dias, com violentas investidas consegue vencer os inimigos. Outra cidade importante Reims, também voltou ao poder dos franceses. Carlos VII, agora reconhecido legítimo rei da França foi coroado e consagrado em 17 de julho de 1429, na Catedral de Reims. Diante disso reascenderam as esperanças dos franceses de libertar o país.
Os ingleses obtiveram em 1415, através de um tratado assinado em Troyes,metade do território francês, passando ao domínio de Henrique V, rei da Inglaterra. A outra metade francesa ficava sob o domínio de Carlos VI. Com sua morte, foi coroado o filho de Henrique V, um inglês. Para os franceses o rei seria Carlos VII, filho do falecido Carlos VI. A guerra iniciada em 1492, não se tratava de uma guerra entre dois povos constituídos em nações diferenciadas. Muitos ingleses eram normandos, ou seja, franceses que chegaram à Inglaterra com Guilherme o Conquistador; por outro lado, muitos franceses eram bretões, ou seja ingleses habitando há muito tempo o norte da França.
Na primavera de 1430, Joana retoma a campanha militar e tenta libertar a cidade de Compiègne, dominada pelos borgonheses, aliados dos ingleses. É presa em 23 de maio do mesmo ano e entregue aos ingleses cujo objetivo era que ela fosse julgada pela Santa Inquisição, o mais elevado tribunal da Igreja na França. O tribunal reuniu-se pela primeira vez em fevereiro de 1431, com a presença do Bispo, um partidário do Duque de Borgonha, aliado à Inglaterra. Seu julgamento foi uma verdadeira tortura, acusada de herege e feiticeira, depois de meses de julgamento é queimada viva, em 30 de maio.
Depois de 25 anos a Igreja reabre seu processo e Joana d'Arc é reabilitada de todas as acusações, torna-se a primeira heroína da nação francesa. 500 anos mais tarde, em 16 de maio de 1920, o papa Bento XV a proclama santa. Hoje é a santa Padroeira da França.


Tive a sensação de vislumbrar a dimensão do Mundo
quando experimentei ver pelos teus olhos 


Não existe ninguém igual a mim,
Deus me fez única! 




Só depois de viver mais ou melhor, conseguirei a desvalorização do humano, dizia-lhe Joana às vezes. Humano - eu. Humano - os homens individualmente separados. Esquecê-los porque com eles minhas relações apenas podem ser sentimentais. Se eu os procuro, exijo ou dou-lhes o equivalente das velhas palavras que sempre ouvimos, "fraternidade", "justiça". Se elas tivessem um valor real, seu valor não estaria em ser cume, mas base de triângulo. Seriam a condição e não o fato em si. Porém terminam ocupando todo o espaço mental e sentimental exatamente porque são impossíveis de se realizar, são contra a natureza. São fatais, apesar de tudo, no estado de promiscuidade em que se vive. Nesse estado transforma-se o ódio em amor, que nunca passa na verdade de procura de amor, jamais obtido senão em teoria, como no cristianismo."

Clarice Lispector


Reza a lenda que, após ser queimada viva, o seu coração sobreviveu às chamas e continuou a bater por uns minutos. 


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